quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Do G1: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL731160-5601,00-LULA+CHAMA+DE+BABACAS+CRITICOS+DO+PROUNI.html

Lula chama de 'babacas' críticos do ProUni

Para presidente, críticos não perceberam 'revolução na educação'.
No Ceará, ele prometeu colocar mais 400 mil jovens em universidades.

Do G1, em São Paulo

Em um discurso exaltado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira (20), em Juazeiro do Norte (CE), quem fala mal do ProUni (Programa Universidade para Todos), programa do Ministério da Educação que distribui bolsas de estudo a estudantes que não podem pagar cursos em universidades particulares. “Os babacas não percebiam que nós estávamos fazendo uma revolução na educação brasileira”, disse Lula, ao se referir aos que temiam que o programa estaria “privatizando a educação brasileira”.
Em seguida, o presidente também classificou de “babacas” estudantes de instituições particulares que, segundo ele, reclamavam do maior número de estudantes por sala de aula. “O babaca rico que já estudava não queria que o pobre tivesse a chance de estudar.”

Lula participou, no município cearense, da inauguração de campus da Universidade Federal do Ceará e da entrega de 5 mil títulos de regularização fundiária para agricultores da região.

Ao lado do ministro da Educação, Fernando Haddad, o presidente prometeu colocar até o final do governo mais 400 mil jovens nas universidades e responsabilizou os governos anteriores por “duas gerações de jovens sem oportunidade”.

“Eu, que não tive oportunidade de estudar, quero que vocês tenham a oportunidade que os governantes da época não me deram”, disse Lula, emocionado.

Sobraram críticas até para os jogadores da seleção olímpica brasileira. “Se os jogadores da seleção olímpica tivessem a mesma garra dos estudantes do ProUni, nós estaríamos disputando a medalha [de ouro], neste domingo”.

É bastante justo que se crie uma gama de novas vagas universitárias no Brasil. É tão justo que me parece interessante essa história de pró-uni. No entanto, alguém paga as contas, e os aumentos de impostos constantes tem sido destinados, entre outras coisas, para esse fim. É bem mais nobre do que, por exemplo, criar uma nova estatal do petróleo, mas o que me incomoda é que se o dinheiro do pró uni também fosse destinado para a criação de novas universidades, talvez o problema seria resolvido curto, médio e longo prazo. A solução aqui é paliativa, e bastante brasileirista, ou seja, curtoprazista.

Aqui: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL730549-5601,00-SOU+UM+PRESIDENTE+ABENCOADO+POR+DEUS+DIZ+LULA.html

"Nós estamos vivendo um momento tão especial que ele não tem dono (...) Eu acho que tenho muita sorte e sou um abençoado de Deus, porque, certamente, tantos outros presidentes gostariam de ter vivido um momento que eu estou vivendo", disse Lula.

O presidente destacou que o Brasil vive um momento especial, já que o país "bate recorde na geração de emprego com carteira assinada todo santo mês e todo o santo ano" e a "economia brasileira cresce de forma sólida e sustentável".

Em seu discurso, Lula afirmou ainda que a descoberta da camada pré-sal vai colocar o país "numa situação altamente privilegiada dentre os países detentores de grandes reservas de petróleo" e possibilitar que o país alcance um ciclo de crescimento de mais de dez anos.

"Isso coloca o Brasil numa situação ainda mais privilegiada e com possibilidade enormes de ter um novo ciclo de crescimento, que possa durar 10, 15 ou mais anos, para a gente recuperar a quantidade de décadas em que o Brasil ficou estagnado, não conseguiu crescer e só gerou desemprego nesse país."

Mérito inegavel do governo Lula na criação de empregos. A pergunta que cabe é: Foi somente por acaso? Foi uma mera ocorrência o que aconteceu no Brasil nos últimos anos? Porque deus?Nada que se faça nesse país conta com embasamento técnico? Teórico? Com sacrifício pessoal? Chega dessa história de que deus isso, deus aquilo, deus blah blah blah. Não é deus, é uma geração inteira de sacrifício, trabalhando com salários baixos, gente de mão calejada, com dor nas costas, lesões por esforço repetitivo, pesquisa, aprendizado, e muito suor. Se, talvez, as pessoas ficassem relacionando os seus sucessos menos à deus do que a seu esforço, teríamos menos pessoas perdendo tempo rezando e mais gente produzindo.

Outra coisa para se notar é que, se deus resolve por magia, não precisamos estudar. Será que é pautada nisso a posição do nosso governo quanto à educação de base?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (12), no Rio, que “o Brasil precisa lembrar de seus mortos como heróis e não como vítimas”.

No momento em que deu essas declarações, Lula discursava a respeito da participação do governo na construção do novo prédio-sede da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Ele reconheceu a responsabilidade do Estado no incêndio do prédio, em 1964, primeiro ano da ditadura militar. "(...) o Estado brasileiro tem culpa pelo que aconteceu. Eu não quero culpar uma ou outra pessoa, eu quero culpar o Estado brasileiro, do qual hoje eu sou o presidente da República", declarou.

Ótimo, agora a pergunta que fica é: A UNE tem condições de promover um melhor ensino no Brasil ou vão continuar fazendo festas, farras, protestos e quebradeiras sem sentido enquanto propagam os conhecimentos comunistas como sempre fizeram? Aqui, por exemplo: (http://www.une.org.br/home3/movimento_estudantil/movimento_estudantil_2008/m_13114.html )

O modelo de gestão adotado pela Anhanguera, que começou a ficar conhecido nos Estados Unidos na década de 1990, destoa do perfil do Ensino Superior privado gaúcho, ainda dominado por instituições comunitárias ou confessionais e sem fins lucrativos. A preocupação dos professores está relacionada ao tipo de administração da Anhanguera, voltada a garantir ganhos aos acionistas.

Fundada em 1994, transformou-se em entidade com fins lucrativos em 2003. Recebeu, então, aporte de vários investidores e experimentou crescimento vertiginoso: de três unidades de ensino, há cinco anos, chegou a 45 em 2008. Seu público-alvo principal são alunos que trabalham ao dia e estudam à noite.

Qual é a diferença entre o ensino sem fim lucrativo e o com fim lucrativo hoje no Brasil? Nenhum. Mesmo associações tradicionalmente religiosas e sem fins lucrativos utilizam suas universidades como fonte de renda descaradamente. E isso não vai mudar. É inocência, ou cegueira, dos nossos colegas universitários. E de nosso presidente, que ainda pensa que é deus que vai resolver seus problemas.



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